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Yoga

A Medicina Integrativa (MI) classifica o Yoga como uma Prática Complementar de Bem-Estar (PCBE) que utiliza técnicas e dinâmicas corporais, respiratórias e meditativas. Essa prática busca promover consciência corporal, fortalecimento muscular, flexibilidade, relaxamento e diminuir ansiedade por meio de controle emocional. Essa PCBE não substitui nenhum tratamento convencional ou não convencional, baseado em um diagnóstico nosológico médico. O Yoga possui uma referência em qualidade de vida e bem estar relatada e demonstrada por seus praticantes.

A Inserção da Yoga na Medicina Integrativa

O Yoga e suas práticas são integradas pela MI como ferramentas que auxiliam os tratamentos convencionais, proporcionando bem-estar físico e mental, por meio de exercícios respiratórios e posturais. Proporcionam, também, a atenção plena e a conscientização do autocuidado. A Sociedade Brasileira de Medicina Integrativa não ratifica essa PCBE como tratamento clínico, mas reconhece as qualidades da prática na promoção de bem-estar, quando tecnicamente aplicada por profissional habilitado. Pronuncia-se, ainda, da importância do conhecimento dos profissionais para o encaminhamento e possíveis restrições de alguns exercícios e posturas dessa prática, na intenção de evitar possíveis riscos à saúde física. A SBMI preza pela avaliação e o diagnóstico nosológico médico para as práticas complementares de bem-estar e suas interfaces terapêuticas.

Integração Médica com o Yoga

O Yoga é uma filosofia e ciência aplicada, que se originou na Índia antiga há mais de 3.000 anos (Whitehead, Fogerite, 2017; Woodyard, 2011). Em sânscrito,Yoga significa “união, fazendo  referência à união entre corpo, mente e espírito (Woodyard, 2011).

A filosofia e a prática do Yoga foram descritas pela primeira vez por Patanjali no texto clássico, Yoga Sutras, que é amplamente reconhecido como o texto oficial sobre Yoga (Desikachar et al., 2005; Woodyard, 2011). Hoje, muitas pessoas identificam Yoga apenas como Asana, a prática física do Yoga, mas esta é apenas uma das muitas ferramentas usadas para curar o indivíduo: apenas três dos 196 sutras mencionam Asana e o restante do texto discute os outros componentes do Yoga, incluindo respiração consciência, meditação, mudanças de estilo de vida e dieta, visualização e uso de som, entre muitos outros (Lasater, 1997; Woodyard, 2011). Nos Yoga Sutras, Patanjali descreve um caminho óctuplo para a consciência e a iluminação chamado Ashtanga, que significa literalmente “oito membros”, princípios éticos para viver uma vida significativa e com propósito (Lasater, 1997; Woodyard, 2011), como apresentados a seguir (Taneja, 2014):

  1. Yama: códigos de contenção, abstinências, autorregulações;
  2. Niyama: observâncias, práticas, autotreinamento;
  3. Asana: postura de meditação;
  4. Pranayama: expansão da respiração e prana, regulação, controle;
  5. Pratyahara: abstração dos estímulos externos, focando o eu interior;
  6. Dharana: concentração;
  7. Dhyana: meditação;
  8. Samadhi: meditação profunda, concentração perfeita.

O Yoga, também descrito como disciplina ou tradição, inclui uma variedade de práticas que afetam o corpo e a mente, como o estudo de filosofia, respiração, posturas físicas, uso de som, visualização, meditação e práticas de relaxamento (Whitehead, Fogerite, 2017). Enquanto muitas pessoas praticam o Yoga como um meio de evolução pessoal, muitas outras o praticam, principalmente, como uma forma de exercício ou para obtenção de benefícios para a saúde (Whitehead, Fogerite, 2017). A prática regular de Yoga promove força, resistência, flexibilidade e facilita as características de amizade, compaixão e maior autocontrole, enquanto promove uma sensação de calma e bem-estar. Um estado fisiológico oposto ao da resposta ao estresse de fuga ou luta é induzido e com essa interrupção na resposta ao estresse, uma sensação de equilíbrio e união entre a mente e corpo podem ser alcançados (Woodyard, 2011).

Em poucas décadas, o Yoga começou a ser conhecido e praticado mundialmente (Siegel, Bastos, 2010). No início do século 20, o conhecimento sobre o Yoga foi transportado da Índia para o Ocidente e, atualmente, vem sendo divulgado por profissionais de diversas nacionalidades (Siegel, Bastos, 2010). A globalização do Yoga tem despertado debates sobre a necessidade de padronização da prática terapêutica (Siegel, Bastos, 2010).

A introdução do Yoga no Brasil se deve ao Professor José Hermógenes de Andrade Filho, fundador da Academia Hermógenes de Yoga, escola de técnicas do Hatha Yoga no Rio de Janeiro-RJ. Doutor em Yogaterapia, título concedido pelo World Development Parliament, da Índia, foi considerado o precursor da Yoga no país. Publicou dezenas de livros sobre Yoga, tendo obtido o Doutorado em Yogaterapia pelo World Development Parliament da Índia, além de ter recebido o título de Doutor Honoris Causa pela Open University for Complementary Medicine. O professor Hermógenes recebeu a Medalha de Integração Nacional de Ciências da Saúde e o Diploma d’Onore no IX Congresso Internacional de Parapsicologia, Psicotrônica e Psiquiatria em Milão, 1977 (Arruda, 2015).

Outro profissional de destaque é o saudoso Shotaro Shimada, que difundiu em 1950 a “Yogaterapia” no Brasil. Além de ter apresentado a técnica em meio televisivo, foi fundador do Instituto de Cultura Yoga Shimada. Foi também responsável pela aplicação dos ensinamentos de Yoga ao esporte, principalmente em trabalho desenvolvido em parceria com a Confederação Brasileira de Desportos, na gestão de João Havelange. Foi professor convidado do curso de Formação e Aperfeiçoamento em Yoga – especialização e pós-graduação em Ioga da Faculdade de Educação Física da FMU, em São Paulo (CREMESP, 2007).

No mundo ocidental, os aspectos mais comuns de Yoga praticados são as posturas físicas e práticas de respiração de Hatha Yoga e meditação. A Hatha Yoga aumenta a capacidade do corpo físico através do uso de uma série de posturas corporais, movimentos (Asanas) e técnicas de respiração (Pranayama) (Woodyard, 2011). As técnicas de respiração do Hatha Yoga concentram-se no prolongamento consciente da inspiração, retenção da respiração e expiração. Pela unificação do corpo físico, respiração e concentração, aplicando as posturas e movimentos que os bloqueios nos canais de energia corporais são eliminados e o sistema energético se torna mais equilibrado (Woodyard, 2011).

Existem vários estilos de Hatha Yoga, mas talvez um dos mais conhecidos é a metodologia Iyengar. O método Iyengar de Hatha Yoga é baseado nos ensinamentos do mestre B.K.S. Iyengar, em que as posturas em pé são enfatizadas para desenvolver força, estabilidade, resistência, concentração e alinhamento do corpo (Lasater, 1997). Acessórios são utilizados para facilitar o aprendizado e ajustar poses de forma a abrandar estressores e doenças (Woodyard, 2011).

A incorporação dessa tradição no território brasileiro tem contribuído no processo de ressignificação de “saúde” e corroborado com a integralidade no cuidado, orientada pela conduta ética e pelo emprego de técnicas autoadministráveis (Bernardi et al., 2021). A técnica oferece vários níveis de abordagens para relaxar, energizar, remodelar e fortalecer o corpo e a psique. Começando pelo corpo físico, que serve como ponto de partida e influencia todos os aspectos do indivíduo: vital, mental, emocional intelectual e espiritual (Vallath, 2010).

A prática do Yoga influencia o sistema nervoso simpático e o eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal, modulando a ação de diversos neurotransmissores (Teles et al., 2017). Embora os efeitos moleculares do Yoga em várias condições patológicas não sejam bem estabelecidos, é fato que o Yoga se apresenta como uma terapia viável e acessível à população por sua simplicidade e praticidade (Teles et al., 2017).

A modulação das respostas ao estresse parece ser o principal mecanismo pelo qual o Yoga exerce suas ações. A liberação de catecolaminas e cortisol que ocorrem em resposta a situações estressantes, geram um efeito cascata de estímulos que induzem uma desregulação de eventos fisiológicos que, em última instância, são a causa de uma série de patologias (Singh, Khandelwal, Sherpa, 2015). Além disso, sabe-se que os glicocorticoides são reguladores imunológicos, resultando na supressão de muitos componentes estimulantes da cascata imunológica e estimulação de alguns elementos imunossupressores ou anti-inflamatórios (Singh, Khandelwal, Sherpa, 2015). A sensibilidade relativamente maior dos componentes da imunidade celular à supressão glicocorticoide tende a mudar a resposta imune de um padrão celular para humoral durante o estresse (Singh, Khandelwal, Sherpa, 2015).

Como resposta ao relaxamento, o sistema neuroendócrino harmoniza o sistema fisiológico, pela diminuição do metabolismo, da taxa de respiração, da pressão arterial, da tensão muscular, da frequência cardíaca e aumento de ondas lentas cerebrais do tipo alfa (Vallath, 2010). À medida que o padrão de descarga neural é corrigido, a carga postural também desce lentamente, com melhora de funções viscerais que acompanha a sensação de relaxamento e o sono fica mais profundo e sustentado (Vallath, 2010). O nível de fadiga é reduzido, e, com a meditação, várias correções nocionais de nível sutil ocorrem, mudando o contexto e perspectivas sobre a doença, a dor e o sentido da vida, auxiliando os pacientes a com os aspectos reativos da dor crônica, reduzindo a ansiedade e a depressão de forma eficaz (Vallath, 2010).

A prática regular do Yoga pode alterar os níveis de vários neurotransmissores cerebrais, embasando as estratégias que exploram a prática regular do Yoga para o tratamento de transtornos relacionados à ansiedade e à depressão. Estudos têm mostrado aumento da liberação de dopamina no estriado central, assim como de GABA, serotonina e BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), e redução do ACTH e do cortisol (Teles et al., 2017). Além disso, acredita-se que o Yoga modula a ação da liberação de óxido nítrico, endocanabinoides endógenos e opiáceos (Teles et al., 2017).

Há evidências de que o Yoga é uma abordagem suplementar útil sobre a dor e incapacidades associadas (Bussing et al., 2012). Em relação ao tratamento e manejo de dores crônicas, os efeitos benéficos do Yoga podem ser explicados, em parte, por uma maior flexibilidade física, coordenação e força, ao acalmar e concentrar a mente para desenvolver um estado de consciência maior e redução da ansiedade, da angústia e melhora do humor (Bussing et al., 2012). Além dos sintomas físicos, questões psicológicas do indivíduo alteram e exacerbam os fatores desencadeantes de processos dolorosos, com elementos sensoriais e emocionais, que podem ser exacerbados – a experiência ocorre primeiro na consciência e depois se reflete sobre os planos fisiológicos e comportamentais (Vallath, 2010).

A dor crônica é multidimensional. No nível físico em si, além da via nociceptiva, há um estado de hiperestimulação de componentes do sistema nervoso, influenciando negativamente processos fisiológicos, que se apresentam na forma de tensão muscular, padrões alterados de respiração e de níveis de energia e mentalidade, que exacerbam a angústia e afetam a qualidade de vida do indivíduo e de familiares concomitantemente (Vallath, 2010).  A prática de Yoga vem apresentando bons resultados para a prevenção e tratamento de dores crônicas, como dores lombares (Whitehead, Fogerite, 2017), dismenorreia primária (Kim, 2019), dores no pescoço (Kramer et al., 2017), artrite (Haaz, Bartlett, 2011), fibromialgia (Silva, Lage, 2006; (Vallath, 2010), enxaqueca (Anheyer, et al., 2020; (Vallath, 2010), dor neuropática (Telles et al.,2017), dores ocasionadas por tumores ou tratamentos antineoplásicos (Kleckner et al., 2018), entre outros.

No controle de transtornos mentais como depressão, estresse, ansiedade, fadiga (Kim et al., 2022) e estresse pós-traumático (Hilton et al., 2019), o Yoga tem se mostrado particularmente útil. Acredita-se que os mecanismos terapêuticos da meditação contra os transtornos depressivos maiores ocorram em função de uma regulação positiva da serotonina e dopamina juntamente com a modulação neuro-imuno-endocrinológica (Kim et al., 2022).  Como mecanismo sobre a ansiedade, a hipótese é que ocorra relaxamento por uma redução generalizada na excitação somática produzida por uma atividade alterada do eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA) e no sistema nervoso autônomo, com modulação do sistema nervoso autônomo através da redução da atividade simpática (Vorkapic, 2022).

A intervenção mostra desfechos positivos em condições clínicas diversas, como hipertensão, alívio de dor nas costas, promoção do bem-estar geral (Hampton, Bartz, 2021), prevenção de doenças cardiovasculares (Hartley et al., 2014), reabilitação do assoalho pélvico no pós-parto (Li, 2022), doença pulmonar obstrutiva crônica (Taneja 2014), obesidade (Taneja, 2014), entre alguns exemplos. Visualiza-se um número crescente de estudos científicos que buscam demonstrar os benefícios físicos e psicológicos advindos da prática de Yoga ou de suas técnicas isoladas em indivíduos com diferentes condições de saúde (Bernardi et al., 2021).

Os estudos que avaliam os efeitos de novas propostas terapêuticas são cada vez mais presentes em literatura, o que demonstra uma tendência de maior utilização clínica de terapias não medicamentosas. Neste contexto, o Yoga tem se mostrado uma vertente terapêutica promissora para o manejo de dores crônicas e concomitante melhora da qualidade de vida dos pacientes (Vallath, 2010). Entretanto, a heterogeneidade de dados em função de diferentes técnicas utilizadas e populações distintas ainda se apresenta como um desafio para a medida de eficácia em diferentes campos terapêuticos (Bernardi et al., 2021).

Alguns grupos de pesquisa brasileiros têm se dedicado ao estudo desta modalidade terapêutica nos mais diversos campos. Na Universidade Federal do ABC, o grupo do Prof. Dr. Ricardo Sato Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Neurociência Aplicada da UFABC, em conjunto com pesquisadores do Hospital Albert Einstein e Harvard University verificaram que a prática da Yoga por idosos pode contribuir para a prevenção do declínio de funções cognitivas na maturidade, como a atenção e a memória (Afonso et al., 2017).

Na UNICAMP, ocorre periodicamente o Grupo de Estudos Yoga na UNICAMP, no qual convidados trocam conhecimentos sobre a filosofia e história. É uma parceria entre a Faculdade de Educação Física (FEF), sob responsabilidade do Prof. Dr. Odilon Roble, o Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE), representado pela Profa. Dra. Claudia Wanderley, e o Grupo de Estudos Educação para a Paz e Tolerância (GEEPAZ) da Faculdade de Educação (FE) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), encabeçado pela Profa. Dra. Nádia Freire.

Na UNESP de Rio Claro, é desenvolvido um projeto de Extensão de Yoga como forma de intervenção à comunidade e criação de um ambiente propício ao ensino didático-pedagógico que possibilita a formação de alunos de graduação em educação física e aprimoramento à profissionais da área. Além de oferecer suporte para o grupo de estudos sobre Yoga existente, possibilita também o desenvolvimento e a participação dos professores e alunos em eventos técnico-científicos, proporcionando experiências didático-pedagógicas e trabalhos de pesquisa científica publicados (Pinto et al., 2012).

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o médico e Prof. Dr. Rubens Tavares, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina encabeça o projeto de Extensão “Kundalini Yoga: estilo de vida e saúde mental” que integra o Programa de Extensão Terapias Complementares. Já a médica e Prof. Dra. Sara Paiva, do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia, há anos apresenta projetos de pesquisa sobre Yoga e Mindfulness, sendo facilitadora do Núcleo de Mindfulness (NUMI), o primeiro centro sediado em Belo Horizonte para estudo, ensino, prática e divulgação da prática (UFMG, 2020).

No Brasil, o Yoga foi inserido na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), pelas portarias n° 719/2011, n° 145/2017 e n° 849/2017 (Siegel, Bastos, 2010). Com a inclusão do Yoga no SUS, evidenciou-se a redução da desigualdade no acesso, com a disseminação da prática em diferentes classes sociais e etnias (Siegel, Bastos, 2010). Vários são os exemplos bem-sucedidos da aplicação das técnicas de Yoga no âmbio das PNPIC.

Uma parceria entre a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Prefeitura da Cidade do Recife mantém o Centro Integrado de Saúde (CIS), que dispões de Yogaterapia, Hatha Yoga e Yoga Asanas para a população (Machado et al., 2021).

No Centro de Reabilitação e Hospital-Dia (CRHD) do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é prestado atendimento para adultos com Transtornos Mentais Graves, em que uma das terapias disponíveis é a Yoga. A atividade ocorre no Núcleo de Cuidados Complementares e Integrativos (NUCCI), coordenado pelo médico Prof. Ms. Osvaldo Hakio Takeda, em que o projeto se apresenta na forma de tratamentos intensivos em regime de hospitalização parcial, com atividades terapêuticas, de cunho multidirecional e flexível, de acordo com a evolução clínica e comportamento do paciente (Machado et al., 2021).

Algumas instituições representam a técnica no país, como a ABIY (Associação Brasileira de Iyengar Yoga), a IYTA (Associação Internacional de Professores de Yoga no Brasil), a AYM (Associação Nacional de Professores de Kundalini Yoga), entre outras.

No exterior, existe a Yoga Alliance Foundation nos EUA, que oferece credenciais e norteia a formação de professores e chancela as escolas de Yoga neste país, com emissão do certificado RYT. Já o World Yoga Alliance Internacional é uma organização internacional que chancela escolas globalmente, de forma a manter a qualidade do ensino de Yoga.

No meio profissional da aplicação das técnicas de Yoga, alguns profissionais se destacam atualmente no país. Como professores, pode-se destacar a profissional de Educação Fìsica Camila Reitz Philippi desenvolveu o método Hatha Vinyasa Yoga, sendo dona do Studio Hatha Vinyasa Yoga. A profissional Subagh Kaur Khalsa é socióloga, dona do Instituto 3HO do Brasil, sendo formada há mais de 40 anos e certificada pelo KRI (Kundalini Research Institute). Anderson Allegro, é professor há mais de 30 anos e formou em Satyananda Yoga na Bihar School of Yoga na Índia. Ana Luisa Matsubara é certificada internacionalmente pelo Ramamani Iyengar Yoga Institute na Índia, a especialista é coordenadora e idealizadora do Estudio Iyengar Yoga.Outro profissional de ampla visibilidade é o educador físico Marcos Rojo, fundador do IEPY, Instituto de Ensino e Pesquisas em Yoga, IEPY, eespecializado no ensino d das práticas de Kaivalyadhama.

O Yoga como terapia complementar vem sendo indicada por médicos que compreendem os benefícios terapêuticos físicos e psicoemocionais que a pratica promove. É o caso do médico Dr. Mário Sérgio Rossi, fisiatra, líder do comitê de terapias complementares do Hospital Albert Einstein.

No exterior, os trabalhos de Chris Streeter, professora de psiquiatria da Boston University School of Medicine; Alan Krystal, da Fred Hutchinson Cancer Research Center (EUA); são pesquisadores que se dedicam ao tema, com trabalhos científicos de destaque. Os médicos Dr. Brent Bauer, médico integralista e professor de Clínica Médica, e o pneumologista Dr. Roberto Benzo da Clínica Mayo, são defensores do Yoga em complementação dos protocolos terapêuticos, com diversos trabalhos publicados sobre a técnica.

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