A definição de “bem-estar” se refere, na psicologia, à parte subjetiva da saúde mental, em oposição à sua parte objetiva (ausência de transtorno mental – Diener, 1984). Asendorpf (2004) sugere que, num primeiro nível, o bem-estar desdobra-se numa componente cognitiva chamada “satisfação com a vida” e uma componente afetiva chamada “felicidade”. A componente afetiva desdobra-se, por sua vez, numa tendência da pessoa para experimentar sensações positivas (afetividade positiva) e negativas (afetividade negativa). Estas duas tendências são independentes.
Já Ryffe Keyes (1995) propuseram outra hierarquia de disposições ligadas ao bem-estar. Segundo os autores, podem-se diferenciar seis fatores distintos do bem-estar: a auto-aceitação; a sensação de se ter controle sobre o ambiente; a sensação de se viver uma vida cheia de sentido; a busca de crescimento pessoal; relações sociais positivas; autonomia.
São consideradas Práticas Complementares de Bem Estar (PCBE) aquelas que, mesmo não tendo raízes na medicina convencional, podem ser aplicadas ao paciente, buscando proporcionar qualidade de vida e, como o nome já diz, bem-estar.
A Sociedade Brasileira de Medicina Integrativa (SBMI) busca uma análise ampla das Práticas Complementares de Bem Estar (PCBE) que são avaliadas segundo suas indicações e poder de interação terapêutica, sempre utilizando como base o diagnóstico nosológicomédico, garantindo a não alternância terapêutica em qualquer que seja o tratamento e sim uma confluência destas teorias práticas de bem estar com os tratamentos convencionais.
Em 2006, no cumprimento de suas atribuições de coordenação do Sistema Único de Saúde e de estabelecimento de políticas para garantir a integralidade na atenção à saúde, o Ministério da Saúde apresentou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS. A PNPIC contempla as Práticas Complementares de Bem Estar abaixo relacionadas.
A Sociedade Brasileira de Medicina Integrativa classifica como PCBE as práticas relacionadas abaixo: